O canto da sereia pagã

Você publicou nas paredes do mundo

No mesmo segundo quis recuar,

Você sonhou ir além do limite,

Expandindo sonhos secretos no ar...

Você sorriu sozinha para estrelas

Com o sorriso ébrio,

Do negro vinho

Que escorre na taça quebrada!

Recheada de pudores,

Encharcada de falsos amores...

Você Sorriu da desgraça cotidiana,

Debaixo da luz negra,

Espelhada...

Espumada...

Desvencilhada...

Onde a cobiçada silhueta desnuda,

Requebra freneticamente!

Ao som da musica envolvente,

No sorriso inocente

Com movimentos inesquecíveis,

Que apimentou sua face,

Durante uma festa pagã...

E a volúpia extrema

De todos os desejos reprimidos,

Libertaram-se...

Delataram-se...

Rebelaram-se...

Articularam-se...

Realizaram-se...

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 17/01/2013
Código do texto: T4090654
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