Eu sabia que dançavas!

Eu bem sabia que tinhas a dança

quando em pose sorrias na varanda

quando em gestos esperavas uma rosa...

Rosinha, eu sabia que bailavas.

Com a mesma leveza com que sentias

o frio no degrau das escadas,

quando tremendo ao vento te aquecias,

tuas mãos ágeis já compassavam.

E compassavam, Rosinha, com o corpo

que aos poucos, todo se enlaçava,

em vultos de ardentes carícias

sobre as camas de lençóis de holanda.

Eu sabia, Rosinha, eu sabia que dançavas!