Profanos
Queimam as carnes nas fogueiras
erguidas pelas mãos da luxúria
Viciantes e ardentes poções
de um mágico e inconsciente desejo
Centelhas esvoaçantes de gemidos
que brotam ao pé do umbigo
dos corpos enfeitiçados e sem pudor
São os sons inebriantes das serpentes da libido
que alimentam o fogo das feiticeiras
na bruma das saias empoeiradas da noite
Que dançam reverenciando a deusa lua
que se ergue nua, sobre o olhar indecente
da nossa entrega aos espíritos impuros
aos anjos caídos da orgia e da loucura
Onde somos bichos!... bichos no altar!
As oferendas consagradas ao deus
e senhor de tudo o que é profano