Minha Volúpia
Quisera enfim dar-te o gozo,
Cerrar as pálpebras enlanguescidas
Recender teu suor vaporoso,
Entre estas tuas auréolas enrijecidas
Perdoa-me se na mocidade
Rasguei-te o véu em ébria insensatez
Deflorei a flora da virgindade
Corando essa sua embranquecida tez!
Vem mulher sentir minha doce paixão
Sob a luz ungida pela lua
Sufocar o peito em imensa devassidão
Caminhando pálida e nua
Era a visão dos amores imortais
Vagando nas sombras em rósea candura
Sufoquei-a nos lábios carnais,
Admirando sua perfeição de formosura!
Dá-me uma ultima vez,
Teu beijo envolto em impuro enleio,
Quero sentir tua timidez
Inflamar-se quando tocar-te este seio
Esse teu virginal aroma,
Fora o suor da volúpia por esta hora
Quando o céu se assoma
Com o prazer da lágrima que evapora