Nua...

Enfim teu seio tão voluptuoso,

Expandiu-se sobre meu peito doente

E na febre do ardor sequioso,

Fiz a centelha crepitar incandescente!

Cerraste a pálpebra de ardor,

Quando um suspiro derramou-se assim

Em tua vulva um leve rubor,

Enlevou-te a pétala sagrada de jasmim

Ainda recende o teu perfume

Sobre meu leito de flores coloridas,

Dos cabelos o inefável negrume,

Evaporam nas sementes aspergidas!

Senti teu sexo contrair-se,

O hálito de amor e tenra devassidão

Em tepidez fizera abrir-se,

Teu espírito na labareda da paixão!

A gruta inexplorada rósea,

Jorra o suspirante gemido de prazer

A tua palidez como a ardósia,

Inebriou-me a existência do viver!

Quero morrer ao fúnebre enleio,

Que condensa no céu essa tímida lua

Aquecer seu intumescido seio,

Quando enfim abraça-me tão nua!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 02/12/2012
Código do texto: T4015433
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