Nua...
Enfim teu seio tão voluptuoso,
Expandiu-se sobre meu peito doente
E na febre do ardor sequioso,
Fiz a centelha crepitar incandescente!
Cerraste a pálpebra de ardor,
Quando um suspiro derramou-se assim
Em tua vulva um leve rubor,
Enlevou-te a pétala sagrada de jasmim
Ainda recende o teu perfume
Sobre meu leito de flores coloridas,
Dos cabelos o inefável negrume,
Evaporam nas sementes aspergidas!
Senti teu sexo contrair-se,
O hálito de amor e tenra devassidão
Em tepidez fizera abrir-se,
Teu espírito na labareda da paixão!
A gruta inexplorada rósea,
Jorra o suspirante gemido de prazer
A tua palidez como a ardósia,
Inebriou-me a existência do viver!
Quero morrer ao fúnebre enleio,
Que condensa no céu essa tímida lua
Aquecer seu intumescido seio,
Quando enfim abraça-me tão nua!