Moveu-te Selvagemente
Moveu-te Selvagemente
Ah, se a escada falasse
Eu queimaria minha língua
Xi, o corrimão ouviu tenebrosos passes
Mas por total o pecado não se instalou ainda
A chave do segredo foi encontrada
Como um tesouro sendo ouro ou prata
Debaixo do tapete na porta do Hotel
Cercado por uma colmeia de abelhas com gosto de Mel
Esperava que o Elevador não desse uma de Brutus
Seria uma audácia imensurável temendo um surto
Aperte o botão pressione com força
Tem gosto de mar, salgado como uma Ostra
A porta está aberta fiquei encurralado
Ponha-me na fogueira o bebê fora encontrado
Lustres desabam sob a luz do inconsciente
Fora Aceita a proposta um tanto indecente
Aventura estava boa, cheio de luxúria
Eis de arcar então este oceano de fúria
Decepção arruinou um silêncio de antigos apaixonados
Prazer intenso corpos estava em êxtase desopilado
Moveu-te selvagemente como uma pantera
Parecendo Conto familiar ou a Bela e a Fera
Vassouradas deveras dar a este safado
Em pleno quarto 69 golpeado pelas costas fui subestimado
OBS: Texto presente no livro "Por Detrás Das Cortinas", lançado pela editora Beco, contendo 3 poesias de minha autoria.