Cada dia mais
Na avidez da tua aterrissagem,
oh! poderosa ave,
atordoam-se meus seios,
como se neve os ornamentasse.
(no entanto, incendeiam).
Da suave sonata que tuas mãos
descobrem em meu corpo,
oh! fugaz encantadora,
eis que no jardim dantes entorpecido,
desvela-se a intensa flor.
No ritual modelo das sensações,
oh! amável maga,
abrem-se os olhos do amanhecer,
despertado, nu,
pelos sons das nossas expressões.
És tanto de amor,
que refizeste o andar dos minutos.
Na cotidiana espera, percebo que se retardam
(mais, cada dia mais).