Palavras 0846 - Eu, ela e a madrugada
Acordei no meio da madrugada
e ela continuava dormindo no meu braço,
ensaiava um pequeno riso do canto da boca,
seus sonhos estavam pulando fora do corpo.
Estava muito calor e nossos corpos nus
estendidos em um lençol retorcido com
machas de vinho e outras, derramado antes
e depois do jantar da noite anterior.
Muitas vezes caminhamos nossos prazeres,
fazemos destinos dentro e fora dos corpos,
deslizamos sobre a pele lisa de cima abaixo,
como se distribuindo prazer com fim definido.
Seu corpo é lua que vem ao encontro do sol,
exibindo gloriosa suas ancas, seios e bocas,
provocando sem esforço fico a observá-la,
cada pedaço daquela carne quente e sensual.
Devagar reviro meu corpo sobre o dela,
não queria acordá-la por agora, toco seu sexo,
aliso sua pele branca e caminho dedilhando,
meus movimentos são calculados, mas ela...
Acordei no meio da madrugada e ela já não
dormia no meu braço, invadi louco seu riso,
beijei o canto da boca, corri seus sonhos de mulher
pulei para dentro do seu corpo e nos demos prazer.
28/09/2012