Poema que acordou desejos

(À Maria Quitéria, "A Loba Dourada")

Cabra macho nordestino, ainda saudoso

De um desejo que nunca foi embora,

Leu o teu poema erótico, gostoso

E já fica aceso em matutina hora!...

Ele sabe que não é o macho deste poema quente

Nem tampouco qualquer cacho,

Mas não se controla e diz o que sente:

"Ah, que vontade de ser esse macho!..."

E sonha que, removendo tuas dúvidas, teus medos

e tuas vestes, sou o cabra

que te ordena, olhando tua caixinha de segredos

vermelha e linda:: "Abra, meu amor, abra!"

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 22/02/2007
Reeditado em 13/09/2011
Código do texto: T389590
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