Quando os teus dedos profanaram a água doce
Matando o deus que ali nascera
Senti vontade de consolar-te
Abraçar-te, esconder-te de Zeus.
Assumi junto contigo, o infinito gosto do pecado...
Tão doce e tão amargo
Como são os sonhos teus
Desfraldados, maculando a cor do céu.
Embebedando-te de mim.
Eis-me aqui, fluvial em plena luz
A doce pólvora capaz em teus cuidados
Ingênua, da cor dos seres que nadam
Nadam imaginando-se alados
E tão mudos quanto nós.

 
Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 18/08/2012
Código do texto: T3836337
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