SEM RIMA 276.- ... guitarra aflita ...
Guerra da Cal, no mesmo poemário,
dedica um breve texto à "Guitarra
portuguesa":
"Líquida
e infinda
íntima
e longínqua
pétala e raiz --
a voz da guitarra."
Mas por que secretos labirintos
resvalavam os calafrios da minha fantasia,
que, lendo o poema, sobrepunha
adjetivo sobre adjetivo até conformar
um corpo ondeante de mulher primorosa:
fluente, absoluta, familiar, remota
flor e fundamento de labirinto recôndito...