SEM RIMA 264.- ... também sei de amor ...
Tenho-o provado em ocasiões
e textos espalhados:
também sei (irregularmente)
poetar sobre o amor. Acrescento:
também sei de amor.
Sei evocar prazeres mesmo proibidos
e honradamente nefandos,
como procuro sem sucesso
cantar a beleza da mulher da minha vida.
Seus olhos de céu acendido,
esses lábios que guloso
beijaria dia e noite,
a boca de humidades doces e macias,
o corpo de pele suave e assombros escondidos.
Mais não digo, porque quem sabe de amor
cala, avança pelos labirintos namorados do silêncio
e enleva-se em deleitosa pugna com os anjos.