O TÍTULO ERA 12 DE JUNHO
...
O título foi 12 de junho só no rascunho...
Após a digitação, iniciou-se a transformação...
Entrou em cena o capítulo de "uma cantilena"...
Que aqui até cairia bem, mas não vingou também...
Ficou poema com cara de subtítulo espremido no cubículo
(Noutro começo de outro junho...
No tempo de caneta em punho...)
Vi, via rima solta, sem qualquer norma
Essa poesia desse modo retomando a forma...
Escrita por rimas emparelhadas...
E numa espécie de sopetão, foi se fazendo e, então...
Foram saindo casais de rimas iguais...
De mãos dadas por estradas virtuais
Como se sob a força dos seres amados...
Véspera do dia dos Namorados...
...
Rimando rimas parelhas... Fogo às centelhas...
Mordiscos, bocas vermelhas; lábios, pescoços, orelhas...;
E no que de eloquente da poesia mais quente...
De modo avassalador... Novamente o amor...
Aconchegando; queimando a pele da gente
Cabeça roçando pelo meio dos seios...
Encaixe perfeito... Peito com peito...
Mais um demorado beijo... Desejo que leva ao céu...
Umbigo com umbigo (já no ponto; tudo pronto!)...
Pra coroar o reencontro, no antigo motel...