SEM RIMA 155.- ... caso antilírico ...
Redijo um caso que, nada sensual,
me parece antilírico
e digno de ser fantasiado:
Narraram-me em ocasião já esquecida
que uma pessoa rica em méritos e valores
abandonara a poesia enquanto percebera
- sensualmente? - o amor atraiçoado,
o amor e a amizade talvez...
Fiquei ferido na minha curiosidade.
Lembro que perguntei pela conjuntura
em que se acharia essa pessoa
e como poderia resolvê-la...
Não me sentia capaz de entender
essa atitude supressiva de atividade
tão excelente, agradável e satisfatória...
(Volto à condição antilírica
do caso narrado...)
O relato terminou aí. Carece de final
nem feliz nem prometedor,
como a vida e os tempos humanos.