“Solamente una vez amei na vida”

Somente uma vez amei na vida,

com meus pensamentos absortos em um amor fulgurante, em que o encanto do amor me deixa embevecida e tocada por essa doce paixão.

Sinto na tarde que chega a magia da noite que há de vir,

Coberta com seu véu negro, a encobrir a face que esconde os segredos.

Saio em procissão, com meus olhos em profusão procurando encontrar-te, qual caminheiro errante, perfazendo o caminho já gasto, esquecendo-me de qual é a porta que indica a saída desse amor que “solamente una vez”, se apossou de mim e assim,

Encantada,

Extasiada,

Alienada,

E submetida às tuas vontades, vou ao teu encontro...

Guiada pela força do amor inconstante,

Ora rio, ora mar revolto e desesperado, por te amar.

E então,

Numa sofreguidão de corpos sedentos de amor sem fim...

Faço dos teus braços, meu aconchego e te sinto todinho em mim.

Me pertencendo, me possuindo, me iludindo, me hipnotizando, me obrigando a ficar contigo na lembrança quando se vai de mim...

Essa parte que fica me excita,

Acordando meus sentidos de volúpia e desejo saciando o meu corpo com teus mais loucos desejos,

Em que somente uma vez esse amor nasceu e não vai morrer em mim!

Valdenir Cunha da Silva

val cunha
Enviado por val cunha em 31/05/2012
Reeditado em 18/07/2017
Código do texto: T3698006
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