“Solamente una vez amei na vida”
Somente uma vez amei na vida,
com meus pensamentos absortos em um amor fulgurante, em que o encanto do amor me deixa embevecida e tocada por essa doce paixão.
Sinto na tarde que chega a magia da noite que há de vir,
Coberta com seu véu negro, a encobrir a face que esconde os segredos.
Saio em procissão, com meus olhos em profusão procurando encontrar-te, qual caminheiro errante, perfazendo o caminho já gasto, esquecendo-me de qual é a porta que indica a saída desse amor que “solamente una vez”, se apossou de mim e assim,
Encantada,
Extasiada,
Alienada,
E submetida às tuas vontades, vou ao teu encontro...
Guiada pela força do amor inconstante,
Ora rio, ora mar revolto e desesperado, por te amar.
E então,
Numa sofreguidão de corpos sedentos de amor sem fim...
Faço dos teus braços, meu aconchego e te sinto todinho em mim.
Me pertencendo, me possuindo, me iludindo, me hipnotizando, me obrigando a ficar contigo na lembrança quando se vai de mim...
Essa parte que fica me excita,
Acordando meus sentidos de volúpia e desejo saciando o meu corpo com teus mais loucos desejos,
Em que somente uma vez esse amor nasceu e não vai morrer em mim!
Valdenir Cunha da Silva