Volúpia
Eu lembro-me quando a via
Nua diante do clarão lunar,
Marota assim sempre sorria
Sediciosa no solitário banhar
Despia-se da roupa assim vestida
Que cobria seu corpanzil dourada
O pudor franziu-a tão comedida
Ao silêncio da malícia abrasada
As róseas auréolas desnudas
Eriçavam lentas e crepitantes
Sonhando em desejos mudas
Com seus rubores delirantes
Banhava-se inocente sob a linfa
Pela correnteza a água escorria
A imagem refletia belíssima ninfa
Que a espuma o corpo acaricia
Visão do prazer e assim sedenta
Do orgasmo e seu fluido recender,
Levou a vulva à carícia macilenta
E cerraram-se os olhos em prazer
Foi uma visão da volúpia carnal
Que ata no espírito carnalidade,
Ninfeta desperta em gozo virginal
Afoita em desfolhar a virgindade