Sou de mim
Não saberás quem sou,até ter me comido por inteiro,
te quero com fome.Provocar em ti a ínsaciável vontade
de ter o que não te pertence,sou de outro, até ser
completamente tua.
Palavras que não uso a tempos,se perdem na estante,
dentro de livros,que morreram na capa, empoeirados,
esperando há hora de entrar em cena.
Não disperdiço,te amo,te adoro,amor,paixão,sentimento
nenhum,repousará no papel sem propósito.
Não me deito em cama de ninguém,sem sérias intenções,
de matar o que me consome,de deixar abatido aquele que
me deseja,sim,a vorácidade de meu empenho,sugando a vida
de meu homem em poucas horas,rejuveneço,lhe tiro o leite
que me manterá viva,até poder tirar mais.
Me exponho, me revelo,me dispo há quem escolho
para matar,sem pudores,sem vergonha.
Podem me chamar de vários nomes,posso ser coisas,posso ser tua?
ou de mais ninguém,divido meu corpo,não sentimento,esse coração
dentro de mim,é de uma pessoa . . .
EU