Cavalgada
Febre!...
É febre de amor!
Que queima!
Que consome!
Da cálida mão
ousada, atrevida...
do homem
Que rasga a pele
do verbo desejar
e o escancara...
sem pudor
Que uiva
o fulgor do cio
no leito
cravejado de estrelas
das noites insones
Onde pernas...
se embaraçam
os corpos ruborescidos...
se encaixam
E os cabelos...
Ah!... os cabelos!
São as rédeas
desta cavalgada
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Cavalgada
Roberto Carlos
Vou cavalgar por toda a noite
Por uma estrada colorida,
Usar meus beijos como açoite
E a minha mão mais atrevida.
Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope.
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque.
Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço.
Depois de toda a cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço
Sem me importar se neste instante
Sou dominado ou se domino.
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino.