"DURMA BODE VELHO"

DURMA BODE VELHO

Valdemiro Mendonça

Eu preciso dormir, mas neste calor é impossível

Tenho de acordar cedo e labutar sem preguiça,

Mas este perfume de pecados e a luz sugestiva

E esta camisola aberta mostrando a coxa roliça.

Ai, ai, ai pior é ela fingindo que está dormindo,

E eu tenho de fingir ser verdade e que acredito,

Mas sei bem, é o romantismo que está sentindo.

É culpa deste bendito calor e do luar tão bonito.

Eu até já dei uma encostada na anca da fingida,

Mas ela quer é ver o seu Valdemiro sem a rima

O pior é que conseguiu, agora estou querendo.

Vou descascar a camisola dela e pular em cima.

Não é que a danadinha riu quando eu esfreguei,

Eu sabia que a cabritinha gosta mesmo de fingir,

Ela sabe o jeito certinho de atazanar o seu bode.

E depois sabe como acalmá-lo e o fazer dormir.

Bem agora está tudo certo até o calor refrescou,

Pelas gretas do telhado do nosso belo ranchinho

Vejo os raios da lua alumiando as pernas grossas

Desta cabra que sabe como tesar seu cabritinho.

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 16/04/2012
Código do texto: T3615577
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