Corsário
Navegues intenso nos mares
dos meus desejos loucos e bravios
nas ondas dos meus beijos vadios
Tragas na algibeira
a tua carta de corso
Aquela que te permite pilhares
os recônditos do meu corpo
Tomas-me em teus braços fortes
sem regras e sem pudor
Que eu entregarei a ti sem receios
o leme do meu navio
Invadas minhas terras férteis
minhas terras úmidas
Com beijos em torrentes
com a febre do fogo abrasador
Faz-me tua prisioneira
fêmea cativa das tuas luxúrias
E eu lhe mostrarei sem medos
onde ficam os meus tesouros escondidos
Ao saqueares minhas cercanias
leve tudo àquilo que puderes
e não deixes nada para trás
Não te esqueças dos meus gritos
gemidos... sussurros... meus ais
Apodere-se do meu amor
bebas em mim todas as noites
com loucura e fervor
o gozo misturado com rum
Quando fores partir e içares
minhas pernas ao vento
Que tua língua indecente
faça tremular novamente
as bandeiras do meu prazer