INSÔNIA
sem ti não durmo
Sem mim tu dormes
As horas correm
Insossas, lentas
Rolo na cama
Num desalento
Grão sofrimento
Quantas tormentas.
Uma agonia tão fria
Quão Patagônia
Causa-me insônia
Tira-me a paz
Só penso em ti
Sou tão audaz
E é tão fugaz
O que a noite traz.
No seu silêncio brando
Que me assombrando
Perturba-me muito
Deixa-me atônito
Na cama me retorço
Vou ficando em pânico
Com um querer platônico
De ti amar em meu âmago.
Eu não mais respiro
Vivo de suspiros
Vinte e quatro horas
De cada santo dia
Por isso eu não durmo
Pois a sua companhia
Será a minha alegria
Nessas noites vazias.
São duas da manhã
E comigo cá estou
O meu sono cessou
Só você eu almejo
Deslizar no seu corpo
Acariciar seus seios
Usar todos os meios
Pra saciar seus desejos.
Essa insônia maldita
À volúpia dá forças
Ao pensar nessa moça
Tenho até calafrios
Vejo em seus olhos planos
Uma libido ardil
Que me atrai como a um tigre
Por tigresa no cio.