VOLÚPIA OU MULHER EM CHAMAS

Sobra uma volúpia no olhar

Sombras eróticas

De uma rotina quase insípida

E as pernas, de pelos e panos

Revestidas,

Desejam olhos no chão que

Pisam

Fogo das entranhas da terra

A queimar a flor na hora

E os seios se avolumam

Como preces

Pedindo olhos perfurantes aos

Céus

Quase em fogo

A queimar suas vestes,

Máscara de pudor

Pelas ruas frias, calçadas alimentadas

Pela história

Desfila, invisível, um fogo

Que o ser inflama

E reclama aos sensíveis olhos

A chama a lhe consumir

Pelos desejos escondidos na

Memória

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 28/02/2012
Reeditado em 09/05/2012
Código do texto: T3526148