Embriaguês de uma doce fada.

Sábado de madrugada...

Um tantinho de fome

Sem conversa e sem risada:

O silêncio quase consome.

Quem vive do inesperado,

Sempre ao Deus dará

Mas gosta de ser amado...

De vez em quando sofrerá.

Muitos dançam ou dormem

Para além do lado podre da vida.

Embriagam-se ou comem

E nos presídios, nos hospitais, a ferida.

Afago, beijo, carinho...

Bem podia vir de lá o abraço

A mansidão de alguém sozinho

Feito canto de um pássaro: sanhaço.

Mas quando entra a semana

Chega o cântico que vale por revoada

Muitas noites ele passou longe da cama

E ela se sente do mundo a mais amada.

luciana vettorazzo cappelli
Enviado por luciana vettorazzo cappelli em 23/01/2012
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