Volúpia

És o mais doce mistério

ousado capricho... que Zeus criou

Com as tintas indeléveis do passado

trazes no peito tatuado

... o espírito dos antigos

e destemidos navegantes

No olhar lindo e profundo

a vontade apaixonante

de descobrir e desbravar

os tesouros escondidos

no interior do meu mundo

Fragrância de caloroso amante

Rubro... ardes em pura chama

Aroma...

das águas de banho que perfumam

o corpo divino de Afrodite

que afloram de sua pele

como gotas de sensualidade

e se misturam ao toque

dos nossos corpos nus

e incandescente

Afloras em mim o que há

...de sagrado

E o que há de profano

Atlântida

Deixo-me ser invadida

pelo teu mar de palavras

mediterrâneo dos teus desejos

Sugada...

Nos redemoinhos fictícios

dos teus beijos

Nos ardis quiméricos

que tuas mãos versejam

com o mais ardoroso “tesão”

Vou me perdendo

...me perdendo

Entre gemidos, sussurros

Arrepios... nossos ais

Até desaparecer

no oceano de tuas carícias

na divindade

do teu corpo poético... me entrego

Tornando-me lendária

e instigante lembrança

em tua volúpia.

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 06/01/2012
Código do texto: T3426047
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