Um Anjo
Vi um anjo.
Estava ajoelhado e nu.
Colocava-se ali para ser olhado.
Estava exposto.
Beleza compartilhada.
A sua volta,
uma bruma de candura.
Despertou-me desejos
de tocá-lo
de beijá-lo
de amá-lo
com meu corpo.
Era anjo!
Estava ali apenas para se mostrar.
Estava ali para ser contemplado.
Estava ali para inspirar o que a imaginação
quisesse fantasiar.
Seu corpo reluzia um amarelo
(do dourado ao bronzeado)
enquanto seus olhos espelhavam o Céu.
Inspirava desejos – telúrico;
Despertava sentimento – etéreo.
L.L. Bcena, 17/06/2000
POEMA 665 - CADERNO DOS ANJOS