Fuga de si, encontro no outro
Na madruga não encontra refúgio para seus anseios.
É refém dos seus devaneios.
Sente na pele um fogo que incendeia.
A respiração ofegante denuncia seu desejo.
Sonha com o toque das mãos que outrora
acariciavam em suas pernas sem cerimônia.
Para fugi de si e de seu desespero
corre de encontro àquele que é mestre
na arte de lhe dar prazer.
Em lhe arrancar dos devaneios
que a incendeia e a acalma por inteira.
A faz sente-se fêmea saciada.
Numa entrega de domínio mútuo.
Desejos saciados.
Jacinta Santos 12/12/11