Fogo
Que fogo é esse que me consome quando escreves certas palavras?
É como se despisse-me com tamanha presteza e com sutileza fazendo-me levitar do chão.
Nem preciso ser tocada por ti, pois indiretamente teu desejo já o faz.
Talvez se eu te olhar diretamente, teus olhos me farão perder a compustura, ficando na fissura, em completo estado de ebulição.
E o teu cheiro então! Deve emanar virilidade, com o poder de invadir todos os meus poros, virando-me a cabeça, fazendo-me ser uma inocênte presa a ser devorada por ti.
A tua presença é vital fazendo com que saia de mim calientes palavras para enfeitar a minha louca poesia.
E que a minha poesia seja uma rima onde nos encontraremos na horizontal.
Geiza Favacho