Quero descobrir teu corpo,
               Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Como o poeta que descobre
A essência das palavras.
Quero descobrir teu ser
Em partículas e átomos.
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Em um nu não explicito,
Mas em um nu angelical.
Quero sobrepor tuas muralhas,
E teus labirintos.
Quero descobrir você...
Quero descobrir teu corpo...
Submerso em águas rasas,
Para não perder a tua silhueta.
Embaixo dos lençóis,
Para fugir do frio e da solidão.
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Antes, bem antes...
Antes que seja dia,
Antes que seja noite,
Antes que seja tarde...
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Como um viajante universal.
Chamar-te de corpo celestial,
Estrela ascendente e de luz.
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Quando sede sentir,
Saciar-me-á a sede de ti.
Quando fome sentir,
Cevar-me-á a fome de ti.
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Quando perdido estiver,
Nortearei meu rumo em ti.
Quando exausto estiver,
Repousarei em teu colo.
Quero descobrir você...
 
Quero descobrir teu corpo...
Descansarei vivo e em paz.
Descobrirei em meus sonhos...
Amarei você...
Assim como eles me revelarem...
Quero descobrir você...
 
Descobrirei teu corpo,
Descobrirei a tua existência,
Descobrirei o teu amor...
Descobrirei a tua essência,
Descobrirei você...
 
Descobrirei a razão da minha vida...
Serei quântico, transcendental,
Lógico, físico e imortal.
Serás infinitamente minha,
Serei eternamente teu.
De forma eclíptica em seu
Apogeu, apoteótico...
O sol sob a lua
Eu sob você...
 
 
 
Com carinho... Francisco Rangel
Rio de Janeiro, 04/02/00.
Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 11/12/2011
Reeditado em 20/11/2016
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