PREDADOR DE MIM...
 
Qual planta sedenta, me invades
Na aridez do teu deserto sem  fim
Crava-me tuas raízes, como Sades
E violentas meus orifícios, assim
 
Penetras mi'alma, sou teu alimento
Tomas minha seiva, e mata a sede
Satisfaz o desejo, de animal sedento
Abandonas esta carcaça nua, vêdes
 
Inanimada, sem vida, restos de mim
Do alimento, nada restou, ossada
Esquecida, oca, sorvida até o fim
 
Arrasto-me exaurida, busco a ti
O meu vício, meu ópio, meu nada
És meu amor, e predador de mim
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Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 05/12/2011
Reeditado em 16/07/2013
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