A fera que dormia
Acordei a fera que em paz dormia
a ermo, outrora sem piedade sepultada
nela, nenhum encanto mais havia
Insurge agora como vulcão em brasa
Assustada, silente fui ao seu encontro
receosa de suster seus restos sepulcrais
deparei-me com ela viçosa a tal ponto
que a acolhi como antes, quais e tais
Esta fera reanimada se pos em ação
arrebatando-me impetuosa e ardente
ressurjo do sono da morte de então
lançando larvas que guardava latente