A fera que dormia





Acordei a fera que em paz dormia
a ermo, outrora sem piedade sepultada
nela, nenhum encanto mais havia
Insurge agora como vulcão em brasa

Assustada, silente fui ao seu encontro
receosa de suster seus restos sepulcrais
deparei-me com ela viçosa a tal ponto
que a acolhi como antes, quais e tais

Esta fera reanimada se pos em ação
arrebatando-me impetuosa e ardente
ressurjo do sono da morte de então
lançando larvas que guardava latente








Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 04/12/2011
Reeditado em 05/12/2011
Código do texto: T3371873
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