Eterna salvação!
É a tua boca que mira minha fome de falo
Ímpeto atravessado numa espécie de forca ao contrário
Que impulsiona pra cima
Minha cabeça pujante
Rompante de bicho no cio
Caindo dentro de um poço, sucumbindo
Sucumbindo
Sucumbindo
Sumindo na vertical
Depois reaparecendo
Preenchendo o íntimo com arrepio...
É o teu acondicionamento orgástico
Que intercepta meu uivo feminino,
Arranca meus pés do chão
Numa permeabilidade difusa!
É o teu sexo aturdido feito um Baco memorável
Que rompe a fronteira do limite
E permite este confronto de prazeres
Numa condenação irrevogável!
É o teu sexo que me condena mil vezes
Explodindo de fúria tanto inchaço.
É a tua boca que novamente me salva
Cada vez que você me remete pro espaço...