Amor Delirante


Senti o toque de tuas mãos
Acariciar-me em  silêncio
Na madrugada tristonha
Convidando-me para dançar
A dança da grande paixão
Sob a luz de um par de velas
No perfume das  vontades
Pude sentir a canção
Melodia no  amor ritmada
Emprestou-me cálida emoção
Teus braços me envolveram
De uma forma delirante
Quanto tocastes meus lábios
Provei  todos os gostos da vida
De há muito adormecida
Fui tua diva, tua santa
Profana, deusa, menina
Mulher, Madalena, Maria
Ousada, despudorada,
Intensa e descomplicada.
Dei um basta nos conceitos
Preconceitos fabricados,
Adornei o leito inerte
Com rosas, incensos, violinos,
Sedas, rendas, velas, flores.
Provei a tua essência
Teu gosto de mil licores
Furtastes-me todos  pudores
Levastes-me ao Nirvana
Sem pressa para voltar
Se foi  sonho ou realidade
Desejo, delírio ou desatino
Pouco importa a definição
Destes-me prazer, emoção
Vida, calor, pulsar, sedução
Permitistes desabrochar
Os botões  em tons carmim
Na relva de teu jardim
Que regados na medida
Com o mel da tua vida
Fez-me ousada desmedida
Sem pensar no amanhã
Ou no que poderiam pensar
Joguei fora os desatinos
Para jamais reencontrar
Tomei-te de forma intensa
Indecente, impaciente.
Entreguei-me a ti menino.

Ana Stoppa

(inspiração poética)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 02/11/2011
Reeditado em 02/11/2011
Código do texto: T3312329
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