Sedução!
Sedução, que abre aos olhos um desejo,
que entorpece e enlouquece com ardor,
Mastiga o vazio da mente em medo,
e come, e queima e prova o sabor.
Que arde em minha pele sadia,
e usa a carne com cobaia insana,
Domina, manda com os olhos e desvia,
Manipula a sabedoria ingenua humana.
Cativa-me com seus dotes de sedutora,
e liberta esse anseio de paixão estrondosa,
Mata, cultua, bate - avassaladora!
mostra que és esplendida e voluptuosa.
Agarra meu seio e me afaga,
me faz penetrar ao sabor da pimenteira,
Ilude... sim, ilude e esmaga,
me ferve como brasa em meia fogueira.
Tão pouco cessarei a esse momento
que seja eterno ao sepultar do prazer,
Me morde, me lambe, me tira o alento,
que eu me jogarei à vida por você.
Me espreme e goza, que estás o sol nascer,
e radia a minha loucura branda,
Pra que eu volte inteiramente para você
e gozar do amanhecer em mantra.