Quando vier ao meu leito.

Autor: Daniel Fiúza

20/10/2011

Quando vier ao meu leito

Seja uma mulher vulgar

Com um prosaico trejeito

Relute em se entregar

Venha arfando o peito

Como fêmea para amar.

Com roupa extravagante

Faça um gesto obsceno

Seja gostosa excitante

Mostrando o teu veneno

Dê um grito alucinante

Me chame de teu moreno.

De cinta-liga vermelha

Um pouco embriagada

Soltando tua centelha

Como loba encurralada

Numa pele de ovelha

Chapeuzinho disfarçada.

Fale muitas baixarias

Na tua volúpia, grite

Faça tuas estripulias

Uma rameira imite

Provoque-me nas orgias

Me amando sem limite.

Me devore feito fera

Seja cortesã na cama

Sensualíssima e bela

Mostrando como se ama,

Pois o gozo que te espera

Vai aumentar tua chama.

Me enlace como serpente

Entre as pernas apertando

Sentindo meu corpo quente

E meu amor derramando

Num amor louco envolvente

Como amante se entregando.

Sinta todos os prazeres

Orgasmos alucinantes

Seja a melhor das mulheres

Com modos insinuantes

Que te dou tudo que queres

No teu corpo em instantes.