V'entre...

Venha...

Ponha esse teu ventre

Entre minha perna

Se sente como numa motocicleta

Deixa que eu entre

Siga a minha seta

Sente... consente

Não há nada de indecente

Ser adjacente

Ser tão tangente

Ou ser a própria reta

Desperta...

Siga em frente

Enfrente minha cópula

Mais para Nero

Do que para Narciso

Seja meu cálice

Meu álibi inocente

Com ou sem juízo

Ou cale-se para sempre

Antes que eu me desespere

Ou desabilite meu sorriso

Venha...

Deixe que eu entre

Adentre também com a epiderme

Da minha língua

Deixa que eu seja Calígula ou Julio Verne

A explorar teu corpo quente...

Deixa...

Não há nada de indecente

Ser ascendente

Ser envolvente

Em Querer ser feliz

Ser feliz

Tão ferozmente.

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 20/09/2011
Código do texto: T3231107