Desejos ardentes

Dizer exatamente o que senti ou o que perdi...

Somente ao desabrochar de uma flor me lembro.

Do sonho irreal que aconteceu contritamente.

Dou-lhe esta flor umedecida do orvalho noturno,

E respiro os seus cabelos lisos e cintilantes.

Depois de sentir o roçar de sua boca e o seu abraço,

Minhas mãos estão coladas em seus dedos,

Grudadas com o teu salgado e quente suor.

Consciente, ajoelho frontalmente a você.

Para tirar as sandálias que calçam os teus pés,

Suados, começo a molha-lhos com minha saliva.

Percebo que tu sentes seguidos e prazerosos arrepios,

Quando passo minha língua em seus tornozelos,

Mas eles aumentam quando subo minha língua um pouco mais.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 14/09/2011
Código do texto: T3218743
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.