As noites ardentes
Nua, e o prazer que me cinges o colo;
Tombando o meu fogo; vens ao deleite,
Da noite sensual; vens ao meu leite
À minha verga! Dou-te o corpo ao rolo!...
Ó minha poetisa; que me arranças,
- O globo do teu bico entre a maldade
Mordo os teus seios, arranco-te a grade:
"Faze-me o amor! O beijo que me lanças!"
Lambo-a, devoro-a como o meu desejo!
Devoro-te; vens ao meu forte vulto,
Deixa-me amar, quero-te o sol adulto:
"Tira-te a veste! Ó delícia sem pejo!"
Alimento-te o teu pêlo aos contornos,
Ah! Que o tesão da fome ao meu prazer!
Lambo-te fortemente ao meu cozer;
Ó noite ardente! Dos meus beijos mornos.
Tombam-se os teus desejos sem tristeza;
Da noite sem pudor, é dos meus lados
Vem ao meu coração, é dos teus fados
Serás a minha que ao céu da beleza.
Dou-te a volúpia, como és meu amor;
Que me pegarás; como vês a cama,
Sou forte e nu! Das alcovas à chama!
Ó meu amor! Ao meu véu sedutor!
Falo-te de prazer, que me pegaras;
Dize-me o peito, és minha ao cozimento...
Lembra-te como queres o meu vento,
Do teu amor, como as belas tiaras.
Autor:Lucas Munhoz 13/09/2011