GABRIELA

                                                    ...Relembrando Ilhéus cacaueira.

Em certo quartinho modesto
Uma candeia mortiça num canto
Uma réstia do luar intruso.
Um gato folgado espia
A mulher que se insinua
Num vestido ralo e mais nada.
Que belo corpo moreno!...
É Gabriela, um pecado!
Evocando desejos crescentes,
Beijos, carícias por demais ardentes,
Corpos enfurecidos se caçam!
Mãos ávidas se entrelaçam
Braços amigos se abraçam
Lábios trementes murmuram:
“seo Nacib, me faça sua mulher!”
Num sopro a candeia se apaga
E o luar sobre dois corpos nus.
Por ora uma boca ora,

O sublime momento da hora.