Teu curso
Minhas mãos seguem teu curso
Sem cerimônia e sem vergonha
Na delicadeza do meu toque
Sente na pele um arrepio
Na ousadia do meu toque
Prende a tua respiração
Sente no peito o aperto
Solta o ar devagarzinho
Sinto nas mãos o domínio
Do teu corpo faminto
Sigo por instinto teu curso
Na ânsia de fêmea no cio
Entrego-me então no impulso
do desejo que incendeia
Nossos corpos
Somos então somente um
No curso vivo do amor.
Jacinta Santos 19/08/2011