A Carícia dos Versos Teus

Ponho sobre a cama o livro de poemas que li

Mais uma vez me deleito com os versos teus

Deitada sozinha na cama grande e vazia te procuro

Cada palavra que li parece agora me possuir

Percorre meu corpo por baixo da camisola de seda

São carícias que me arrepiam, mas não estás aqui

Arremesso a taça de vinho contra a parede

Do líquido vermelho que escorre vejo formar uma rosa

Os estilhaços brilham espalhados na penumbra do quarto

Não é insanidade, é minha alma cobrando tua promessa

É meu corpo sedento clamando pelo corpo teu

Preciso dos versos que completam os meus, suplico

tuas mãos sobre o meu corpo, teus lábios nos meus

A minha alma não reclama a distância, tem paciência

Sabedoria suficiente para resignar-se a ausência tua

O castigo vem do meu corpo, que não tem sabedoria

Menos ainda paciência e me impõe tua presença

Volto a ler o livro, e me deleito com os versos teus

Tuas carícias me arrepiam, mas não estás aqui...

Lília Costa

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Inebriado de tanto desejo

provocado pelos versos teus

sinto-me trôpego, mais leve

sigo o amor que tanto almejo

juntando os meus sonhos aos seus

A carícia dos versos teus

alinham todos os meus sentidos

fazendo-me viver tudo que eleve

não deixando o bom dá vida ser breve

Interação linda e encantadora do poeta Tilde!

Obrigada pelo carinho em versos!

Lilia Costa
Enviado por Lilia Costa em 17/08/2011
Reeditado em 06/03/2012
Código do texto: T3166034