A Carícia dos Versos Teus
Ponho sobre a cama o livro de poemas que li
Mais uma vez me deleito com os versos teus
Deitada sozinha na cama grande e vazia te procuro
Cada palavra que li parece agora me possuir
Percorre meu corpo por baixo da camisola de seda
São carícias que me arrepiam, mas não estás aqui
Arremesso a taça de vinho contra a parede
Do líquido vermelho que escorre vejo formar uma rosa
Os estilhaços brilham espalhados na penumbra do quarto
Não é insanidade, é minha alma cobrando tua promessa
É meu corpo sedento clamando pelo corpo teu
Preciso dos versos que completam os meus, suplico
tuas mãos sobre o meu corpo, teus lábios nos meus
A minha alma não reclama a distância, tem paciência
Sabedoria suficiente para resignar-se a ausência tua
O castigo vem do meu corpo, que não tem sabedoria
Menos ainda paciência e me impõe tua presença
Volto a ler o livro, e me deleito com os versos teus
Tuas carícias me arrepiam, mas não estás aqui...
Lília Costa
..........................................
Inebriado de tanto desejo
provocado pelos versos teus
sinto-me trôpego, mais leve
sigo o amor que tanto almejo
juntando os meus sonhos aos seus
A carícia dos versos teus
alinham todos os meus sentidos
fazendo-me viver tudo que eleve
não deixando o bom dá vida ser breve
Interação linda e encantadora do poeta Tilde!
Obrigada pelo carinho em versos!