AS CHAVES DOS AMANTES

Entre quatro paredes de um lugar qualquer

Dois amantes

E tudo que é permitido ao par.

Tudo pode.

Tudo deve.

Abandonados ao prazer que a natureza lhes habilitou.

Esquecidos do mundo.

Esquecidos de si mesmos.

Esquecidos de que nas paredes há vidraças,

vãos,

portas.

Lá fora a vida corre.

Dentro se faz em ritmos regidos pelos corpos maestro/orquestra.

Despreocupados com o mundo,

Valorizando cortinas e persianas

cama, parede, lençol.

Entregaram-se aos gemidos e sussurros.

Tudo é prazer.

Eles têm as chaves.

São, da carne, amantes.

L.L. Bcena, 13/08/2004

POEMA 344 – CADERNO: CESTA DE VIME.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 04/08/2011
Código do texto: T3139046
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