Delírios carnais
Meu pensamento não se desliga
Minha mão quente sobre minha pele desliza
Meus olhos se arregalam
Meu lábios úmidos se escancaram
Os lábios ansiosos e fendidos
Os mamilos num delírio enrijecidos
Toda a minha pelugem arrepiada
E a carne clamando desesperada
Pelo toque das mãos desfreadas
Quentes, fortes, meigas, suadas
O corpo pede em gemidos
E a mente sonha com os corpos reunidos
Uma expectativa no baixo ventre
Como se acontecesse o que se sente
O corpo desejando tanto o imaginado
Mas as mãos não chegaram como esperado
Os olhos se abrem umedecidos
Os lábios ja não aguardam fendidos
O corpo estremesse de frio
E a mente se perde no vazio
Da saudade do que não aconteceu
Mas a vontade não desfaleceu