quero este vento...
que ateia o fogo da fogueira
que espalha centelhas ao olhar
do querer tao vivo à aproximar
quero este vento ...
que embala o sono do cansaço
depois de termos viajado em corpos suados ,
exaustos do eterno tempo em nós incendiado ...
exaustos do eterno tempo em nós incendiado ...
quero este vento ...
que levanta poeira
e leva as derradeiras maneiras de não ser
deixando ficar as verdades do nosso simbiótico viver
quero este vento ...
ar que transporta pensamentos
que amolece as durezas , as friezas , e faz mais nobre nossa, súdita e súbita, beleza ...
rainha de um reino de dois
encantos e cantos de um castelo, sem depois ...
o agora, é esta fragância que nos excita e nos faz flor
neste jardim que circunda o vale do amor ...
quero este vento ...
e isso em nada muda minha direção
a não ser o gesto consciente de seguir uma nova sensação
avenida livre que me mostra caminhos originais
de imaginar poesias em vendavais
soprando versos nos varais
onde a alma lavada seca seus medos mais casuais ...
(( MELLMELLO))