Sua teia
Rendo-me, na sua tenda,
Entrego-me a sua lenda.
Ao emaranhado vermelho, preto ou branco de sua renda.
Noite adentro madrugada afora, que o tempo se estenda.
Indefeso, entrelaçado nos cabelos, pêlos e pelas rendas.
Véu de sua vereda e seus montes,
Aonde vou volto e alcanço,
Corações latejantes!
Seu corpo e seus ornamentos de teia,
Que no escuro não me seguro.