Sua teia

Rendo-me, na sua tenda,

Entrego-me a sua lenda.

Ao emaranhado vermelho, preto ou branco de sua renda.

Noite adentro madrugada afora, que o tempo se estenda.

Indefeso, entrelaçado nos cabelos, pêlos e pelas rendas.

Véu de sua vereda e seus montes,

Aonde vou volto e alcanço,

Corações latejantes!

Seu corpo e seus ornamentos de teia,

Que no escuro não me seguro.

Luiz Brandão
Enviado por Luiz Brandão em 20/07/2011
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