Versos ao maior prazer - II
Versos ao maior prazer - II
Nua, como era o seu roupão molhado...
Espelha-lhe, a bulir os seus deleites!...
Ante os seus seios quentes, e o seu pêlo.
Gole a molhar-te, até que molhe os leites.
Do seu sorriso; pinta-me a volúpia...
Vi-lhe como os desejos dos seus seios;
Tinge-se os seus lábios da cor vermelha,
Banhas-te o cabelo longo, em anseios.
Dos virgens já lhe deste, mas sem pejo!
Tira-te toda a veste; e ao seu delírio
Molhando-te os pés quentes, ó calor!
Se couber a luxúria, dá-la o lírio!...
Perfuma-lhe os seus joelhos; sem medo
Dos deleites já queres o seu ventre;
Abaixo do seu fogo, e ao delirar-lhe!
Molhas-te os seus fios; até que lhe entre.
Ai de ti; vistes a palidez d´água!...
Até que ela fique nua ao seu fogo;
Burlar-te já molhaste; todo o corpo...
Ó seda do calor! Que lhe arde logo!...
Lê-la a nudez; até que cheire o pêlo
Baloiçar-me; os seus ventres sedutores!
Vens a dança voluptuosa d´água;
São os seus rostos, pois às suas flores.
Ali no seu tesão; pois aos seus corpos...
Do calor às delícias, ó seus postos!...
Vir aos meus olhos; encho-me do anseio!
Lambe bem os seus dedos; os meus rostos.
Do açoite já me deste; que era a morte!
- Queres vivê-la o ardor... Todo o viver!
- Quero anelá-la a força... Sim às vidas.
Vamos ao colo!... À nudez da mulher!
Lambe-lhe voluptuosa os seus seios;
Devoro-te; e a sua fome da alcova...
Ó prazer mui carnal! Aos meus desejos!
Alimento-me a ti, só que o sol mova.
Autor:Lucas Munhoz
*Direitos Autorais Reservados