Teu corpo...

A forma do teu corpo, iluminado, despido,
Dentro do meu se funde ao cair da noite.
Um leve sussurro, anuncia, gritinhos e gemidos.
No prelúdio garimpeiro de corpos e almas pulsantes.
Chama exposta de loucuras e delícias...
Jogos sinuosos nos desnudam, lentamente,
Chama exposta de caminhos obscenos...
Começo a suar em brasas - ao tocar...
O teu corpo lindo, despido,  que agora está,
Em minhas mãos pequenas, trêmulas e suaves,
C'mo pétalas orvalhadas se descobrindo...
Ofegantes num êxtase de prazer extremo:
Por entre jogos de pernas e abraços...
Não sinto a noite partir; só o êxtase de sentir,
Tua boca presa a minha; tua língua roçando a minha,
Num afã tresloucado de descobertas e surpresas!
Esperemos... o dia amanhecer, com certeza!...
Quanto isso, lambuzemos, molhemo-nos,
Banhando-nos... de lua e céu... demoradamente,
Como a primavera quente que nos brinda,
Imexível... de segredos... inebriantes...
Até o sol nascer, incansável, indomável,
De ardentes... desejos... que nos alimentam,
Que nos queimam, e fundem-se, inexorável...
Tatuado de beleza e cheiro de amor... ao exalar vida;
Por estarem juntos... de novo...nesse vai e vem,
De corpos e almas...afins... que se completam;
Sintonia universal e inevitável... de amantes... 
No doce delírio da carne, indelével, de seres alucinantes,
Combinam-se à fechaduras azeitadas da hora boa...
Num afã extenuado ao recobrir esse ato de Amor...
Que até o Sol... Deseja sentir a céu descoberto!



          (os últimos quatro versos do poema...
            Interação -
Walter Arruda e Elzana)
 




Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/03/2011
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T2851202
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