Meu Amigo Dideus Sales
Aos dois de abril, em dia abençoado
Nascia grande poeta, com veia afinada
Pra cantar pelas veredas, com seu canto alumiado
Esse telúrico sertanejo, da poesia realista
Meu amigo Dideus não é violeiro, mas é repentista
Natural de Crateús, viajando pelo sertão
Criou grandes poesias, cantadas em versos e prosa
Em Aracati casou com Isabel, fez grande casarão
Pra criar Lucas e Vitória, uma grande conquista
Meu amigo Dideus não é violeiro, mas é repentista
Um grande companheiro, que a todos ilumina
Esse fiel escudeiro da cultura popular
Vai da seca à chuva e faz versos que termina
Num destino reto e certeiro de um popular artista
Meu amigo Dideus não é violeiro, mas é repentista
Desde tenra idade, foi um grande orador
Entoou a sua voz, cantando nossa cultura
Com grande satisfação se tornou um locutor
Falando ao nosso sertão como grande radialista
Meu amigo Dideus não é violeiro, mas é repentista
Meu poeta sertanejo parceiro de verso e prosa
Que na sua poesia me fez um compositor
Que a todos recebe com a alma calorosa
De forma tão singela que se torna intimista
Meu amigo Dideus não é violeiro, mas é repentista.