Conto da Amazônia ( a lenda)
A Amazônia sangra na seiva
De um mato trilhado a destruição
Da alma verde
Do deus verde.
Da mata em cheiro inoxidável.
Na expansão das capitais
O lucro interminável,
Mangues em mananciais
Dos latifúndios que enriquecem a sangue,
O caule,
As arvores.
Que tomba sobre
A ignorância humana.
Que pregam o deus de carne
Onde a fé aclama o perdão
Sobre a cruz de madeira.
Que matam o deus de carne
Com as estacas violentadas
Nesse nosso chão puro e empesto.
Que enterram o deus verde
Nos vermes, tapuios nutrientes,
Para cuidar da terra nobre.
Que deploram o deus verde
Os mitos de pés descalço
Até que se calou o mistério.
Atlântida inventada pelos homens,
Ficção.
O jardim do Éden descrito pelos apóstolos,
Promessa.
Amazônia destruída pela ganância, dos tolos,
A lenda.