MINUANO
Nadir A. D’Onofrio

Varre os pampas o minuano
Obriga a vegetação arquear.
Na janela, a prenda, abichornada
Sabe que no bolicho, o gringo ficará.

Nas tantas noites de espera!
Em água de cheiro, banhada.
Sonhando, fica acordada,
Enquanto ele, água benta... entorna...

Perdendo a noção do tempo
Trovando na tapera.
Ou, novamente de cambicho...
Com uma chinoca qualquer.

Para chegar depois, todo guapo!
Trazendo mais um regalo.
Diz que, ficou no galpão,
Junto a peonada, e o chimarrão...

Ou que, o bagual se estropiou!
O amigo ficou de gato...
Encontrou um guri perdido...
Jururu, na invernada....

Bah...tchê, há, cachorro nessa cancha...

26/01/2008 /16:22
Serra Negra/ SP

 

Mid: Site do Escritor: Gauchada do meu pago

Imagem Ilustrativa:

http://necrophobic.files.wordpress.com/2007/07/pampas.jpg

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