Duelo de Pajadas
Ao maior trovador da Região
Saudações meu confrade
Recebo tua pajada
Com a alma iluminada
Num sentir que nos invade
A fé nunca se evade
Pois na trova missioneira
Brilha a Virgem verdadeira
Nossa Mãe de Fátima Santa
Que escuta a voz que canta
Com a devoção campeira
A rima que vem do vento
Traz em si luz e essência
É Deus que dá a cadência
E molda o pensamento
Por isso em todo momento
Pajador de fé caminha
Na milonga se adivinha
Que a trova é luz e amor
E no verso do cantor
Nossa Senhora é rainha
Obrigado irmão de estrada
Por tua trova bendita
Que na fé pura acredita
E faz dela a caminhada
Cada alma iluminada
No verso se faz altar
Que a trova possa soar
Pelas missões pelos pagos
E que os poetas sem trago
Saibam a Deus exaltar
Decimar da Silveira Biagini
14 de março de 2025
Resposta do poeta Luiz Onerio Pereira
Parabéns, meu companheiro.
Um belo texto em pajada.
Que na inspiração sagrada
Mostra o amor verdadeiro.
Conheço a lida, parceiro,
Foi abençoada essa hora
Do verso saltar pra fora
Em forma de oração,
Para render gratidão
À Virgem Nossa Senhora.
Quando um pajador canta
Até o silêncio se aquieta
Para escutar o poeta
Que traz alma na garganta.
Quando sua voz levanta
Um pajador de talento
Sempre encontra argumento
Pra transmitir emoção,
Busca em Deus a inspiração
E a rima vem pelo vento.
Tudo é Deus que determina,
O dom de ser pajador
Quem dá é o Pai Criador
Como dádiva divina.
Depois a vida ensina
Aquele que é capaz.
A sina de berço traz
Já quando nasce o vivente.
Deus dá o dom de presente
E o resto a gente faz.
Luiz Onério Pereira